"Antes de começar, gostaria de dar os créditos para a brilhante análise do nosso ilustre user MPilha.
FIFA 13, uma evolução natural da série
Após horas de ansiedade em baixar a versão demonstrativa de FIFA 13, eis que finalmente pude jogar e sentir as novidades na mecânica do jogo. E apesar de não revolucionar, ele simplesmente melhora tudo aquilo que já estava maravilhoso.
Ao iniciar a demo, podemos selecionar o idioma dos textos para Português Brasileiro, algo que todos já esperamos desde o anúncio oficial de que o jogo seria localizado para nosso país. A linguagem abordada no jogo ficou perfeita. A maneira como as palavras foram usadas mostram que não tivemos uma tradução do idioma original, mas sim uma versão para o público brasileiro, principalmente por algumas expressões conhecidas do mundo futebolístico nacional.
Menus e afins
A introdução curta, porém bonita, já virou marca registrada da série nessa geração. Gostei pacas do novo estilo visual. Falando em estilo, o menu está maravilhoso. Fontes grandes, vistosas e um conjunto harmonioso e muito bem resolvido. A maneira como são mostrados os times na tela de seleção, escolha de uniformes lembra o padrão da série, com retoques visuais que dão uma cara nova, mesmo sabendo que ali o sistema é o mesmo. Ainda sobre menus, não vamos encontrar grandes mudanças nas telas de gerenciamento de times ou opções gerais do jogo. Só senti falta, na área da biografia dos atletas, as características dos jogadores que eram mostradas em um box colorido (conforme o valor, as cores variavam entre verde e vermelho). Era mais fácil de comparar dois perfis, saber mais facilmente qual habilidade um jogador era melhor do que o outro. Duvido que isso mude na versão final, mas seria ótimo ter essa solução implantada no FIFA 12 de volta.
Treino de Habilidade
Depois de escolher, ajustar os times, é hora de jogar. Mas antes de jogar , não temos mais aquela arena enquanto o jogo carrega. Agora temos os treinamentos de habilidades, tanto do jogador que está representando o time escolhido quanto suas próprias como o controlador, o comandante.
Nas várias partidas que joguei, peguei vários treinamentos e digo que curti pacas esse novo ambiente de treinamento. Legal ser desafiado a cumprir as metas propostas, dentro de um curto espaço de tempo ou então por número de tentativas. Em algumas, me saí muito bem. Em outras, fui um completo vexame. Mas vá lá… habilidades nunca foram meu forte no jogo e sim objetividade.
O “problema” desse modo é que não vemos o tempo passar. O jogo já terminou de carregar (e carrega mais rápido que os anteriores) e ainda estamos lá, brincando no treinamento. Show de bola.
O jogo
Ao pressionar o botão Start para de fato iniciar o confronto entre os times, preciso dizer com todas as letras qUe FINALMENTE a EA aprendeu a criar uma introdução das partidas de maneira convincente. Eu já curtia as entradas de FIFA 12, mas no FIFA 13 as coisas ficaram ainda mais bonitas, mais interessantes. A música que toca enquanto cenas dos jogadores de cada time passam criou um clima de batalha, o que eu adorei.
A câmera acompanhando os jogadores desde a saída do túnel dos vestiários até o campo, com operadores de câmera, fotógrafos e seguranças ao redor ficou massa mesmo, deu vida ao jogo. Até aquela cena clássica do cara ou coroa está presente. É uma pena que nesse momento não temos a interação com a escolha, mas não tem problema.
Mas chega de falatório e vamos para a partida. Ao dar o primeiro toque na bola, percebi desde já mudanças no comportamento dos jogadores. A movimentação de cada um deles é muito fluída, com animações ainda mais suaves do que na última versão.
O que chama a atenção é a inteligência artificial aprimorada, que visa os jogadores rivais ou não, a ocuparem todos os espaços em branco do campo. Isso é ótimo, pois não temos mais aqueles “clarões” no meio do campo, com jogadores distantes uns dos outros. Agora a marcação é em cima e a antecipação dos jogadores para receber um passe ou bloquear o adversário me fizeram crer que isso vai acirrar ainda mais as partidas homem contra homem.
Como joguei contra a CPU, pude notar que ela está realmente bem esperta. Não comete erros tão grotescos, mas não acerta os passes a todo instante e principalmente, não carrega a bola tempo demais com um só jogador, ela cria oportunidades, aproxima jogadores e faz tabelas interessantes. Até porque com esse esquema do Controle do 1° Toque muda muito a cara do jogo e cria situações tanto positivas quanto negativas para ambos os lados. Um passe longo e forte ou um lançamento aéreo não dependem apenas da força, mas sim das habilidades de cada jogador e sua posição para receber a bola.
Não vi dificuldades em me acostumar com esse novo sistema. Pelo contrário, gostei pacas. Legal ver o jogador matando a bola no peito e esticando a perna para conseguir dominar a bola e colocá-la no chão. Ou então, mata ela direto no pé e sai em arrancada. São as mais diferentes situações, que criam o inesperado a todo instante. Excelente, nada mais.
Uma coisa que eu me espantei é a facilidade de criar jogadas diferenciadas. Joguei algumas partidas com times diferentes, mas resolvi me fixar com o Milan, o qual achei realmente um time bastante perigoso. Com Boateng, Cassano e Pato na frente, eu achei uma equipe muito rápida. Embora nem sempre eu convertesse as jogadas em gols (o maior placar foi 2 x 0 contra a Juventus), as chances criadas me fizeram pensar que estava assistindo a uma partida de futebol de verdade, com os jogadores trocando passes, envolvendo as defesas. Futebol bonito mesmo.
Os goleiros estão muito bons. Esse sempre foi o ponto controverso em qualquer jogo de futebol, seja FIFA ou PES. Mas pude notar que tivemos um retrabalho na inteligência artificial destes jogadores. Eles não pegam tudo, claro. Mas também não tomam gols bestas como aquelas bolas rasteirinhas e lentas, algo que me irrita em FIFA 12. Aliás, os goleiros se posicionam bem, fecham espaços e para fazer determinadas jogadas, tem que ter confiança e bater. Se escolher demais o ângulo, não vai dar em nada.
A arbitragem é aleatória. Alguns marcam mais faltas, outros deixam as partidas mais soltas. Alguns, deixam a partida solta até demais, ao ponto de que numa dividida mais forte entre o adversário e eu, tive meu jogador machucado mas o árbitro não marcou nada. Faz parte do futebol. E não adianta xingar. Digo, xingar mesmo só na versão final e com o Kinect conectado.
O jogo em si ficou muito dinâmico. Não temos replays de qualquer lance a todo instante. Aliás, vi poucos replays mesmo, tirando os naturias que aparecem na hora dos gols e no intervalo e finais das partidas.
Graficamente falando
Falar de termos visuais de FIFA é algo que sempre me agrada. Em FIFA 13, as maiores mudanças mesmo estão nos itens extracampo. Agora vemos os fotógrafos, câmeras, seguranças e até os jogadores reservas executando movimentos. Tudo simples, mas bem natural, suave. Aí sim a EA acertou, pois isso era algo que particularmente eu reclamava já tinha alguns anos. Há técnicos também, mas na versão testada, não vi nenhum dos comandantes dos times a beira do campo. A torcida é que não mudou nada. Pelo contrário, acredito que para que o jogo pudesse comportar mais elementos ativos ao redor, houve uma pequena redução no número de quadros de animação dos bonecos nas arquibancadas. Pelo menos essa foi a impressão que eu tive.
Sobre as faces dos jogadores, realmente dispensa comentários. A diferença de realismo entre os jogadores desse ano com FIFA 12 é bem grande. O nível de detalhamento é maior, as faces são menos desenhadas e apresentam linhas de expressão mais profundas. O Messi no menu inicial, por exemplo, é bem diferente do Messi do ano passado. A proporção corporal de cada jogador é mais distinta, tanto em altura e peso, fatores que também influenciam dentro do campo com a bola rolando.
O que ainda falta mesmo são expressões faciais mais variadas, para mostrar a reação do jogador em cada ação em jogo, como numa falta, contusão, comemoração ou decepção. Mas isso não compromete o trabalho brilhante feito até aqui, mas são detalhes que podem ser aperfeiçoados no futuro.
Som
Eis a parte importante de um jogo de futebol. O som, principalmente da torcida, é muito mais vivo, muito mais vibrante do que qualquer outro jogo de futebol no videogame que eu já tenha jogado. A torcida faz uma festa incrível. A cada lance, uma vibração. Ela não se cala, mesmo que o time da casa esteja perdendo, tu não fica no vácuo, num lugar sem vida. A ambientação como sempre, é marca registrada da série.
As músicas dispensam comentários. Vários artistas dos mais variados estilos embalam nossos jogos. Sem comentários, tudo show de bola por completo.
No geral
A EA me impressiona a cada ano. Não precisam revolucionar, apenas corrigir e aperfeiçoar aquilo que já era de alto nível. A busca pela excelência na série FIFA alcança um novo patamar a esta altura. Com um jogo cheio de possibilidades, com inúmeras variáveis que podem surgir na partida, com o realismo dos movimentos, com a excelente jogabilidade e incrível comportamento da inteligência artificial, FIFA 13 desde já se torna o melhor futebol virtual do mercado com todos os méritos.
Agora é só esperar o jogo completo, ver quais licenças realmente teremos dos times brasileiros e curtir o novo modo Carreira. E claro, desafiar os amigos para verdadeiras batalhas em campo.
Por: Mpilha – Fórum FifamaniaNews
Nenhum comentário:
Postar um comentário